A internet nos deixa mais inteligentes ou não?

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Os especialistas em tecnologia acreditam que a resposta é “todas as alternativas anteriores”. Numa recente pesquisa, 50% dos entrevistados concordaram que a Internet é um instrumento que estimula talentos e a habilidade de encontrar informações importantes. Mas 42% acreditam que a hiperconectividade deixa o cérebro estúpido, com uma dependência doentia da rede mundial de computadores. Períodos de atenção curta, resultado de interações rápidas, virão em detrimento do foco nos problemas maiores, e provavelmente vamos ter uma falta de desenvolvimento em muitas áreas, tais como tecnologia, e até elementos sociais, como a literatura. As pessoas que irão liderar o avanço serão as que conseguirem acabar com o vício e focar.


Pessimismo online
De acordo com Universidade Elon e o Projeto Pew, que realizaram a pesquisa, a divisão entre os especialistas é algo em torno de 50%. Muitos daqueles que responderam que a geração da Internet levam vantagem intelectual temperaram essa opinião com avisos sobre o perigo do  lado negro do excesso de conectividade. Enquanto eles disseram que o acesso às pessoas e à informação aumentou com a era da Internet móvel, afirmaram também que já estão percebendo deficiências na habilidade de atenção dosjovens, de ser paciente e de pensar com profundeza.
Alguns manifestaram preocupação a respeito das modas que estão levando a um futuro no qual as pessoas serão consumidores idiotas de informação e muitos mencionaram o livro de George Orwell, ‘1984’(*). Poderes centralizados que podem controlar o acesso à Internet conseguirão controlar muito as gerações futuras. Será muito parecido com o ‘1984’, onde o controle foi conseguido usando-se a linguagem para limitar e delimitar o pensamento. Assim, os regimes futuros poderão usar o acesso à Internet para controlar o pensamento coletivo.
(*) “Nineteen Eighty-Four” (em português, “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” – ou “1984”) é um romance do autor inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. O romance se tornou famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos pessoais do indivíduo. O nome do programa “Big Brother” foi inspirado no livro de Orwell. No livro, o Big Brother (Grande Irmão) é o líder que tudo vê na anti-utópica Oceania, governante do mundo ocidental, num futuro imaginário. Representado pela figura de um homem, o Grande Irmão vigia toda a população através das chamadas teletelas, governando de forma tirânica e manipulando a forma de pensar dos habitantes.
Otimismo online
Alguns especialistas citam os talentos necessários para navegar na Internet e sugerem que as pessoas que cresceram conectadas vão se destacar. “Não há dúvida de que o cérebro está sendo religado”, afirma Danah Boyd, pesquisadora da Microsoft (foto). “As técnicas e mecanismos para entrar no sistema de atenção rápida serão muito úteis para as pessoas criativas”. Mas é preciso notar que ele é da Microsoft e não poderia dizer o contrário… Outros garantem que o uso da Internet é como um“cérebro exterior”, no qual os fatos são armazenados, liberando um espaço mental que vai além da memorização. “A tomada de lugar da memorização pela análise será o grande boom da sociedade”, afirma Paul Jones, um especialista em novas mídias.
Ainda que haja opiniões divergentes entre os benefícios e os custos do aumento da importância da Internet, os técnicos concordam que certas habilidades e talentos serão importantes para as gerações futuras. Entre elas estão: a habilidade de cooperação para resolver problemas; a de pesquisas efetivas por informação; a de sintetizar informações de várias fontes; a de se concentrar; e a de separar a informação útil do “lixo” da internet.
Existe uma preocupação palpável entre esses especialistas de que as novas divisões sociais e econômicas vão emergir entre aqueles que são motivados e ao mesmo tempo entendem das novas mídias”, declarou o co-autor da pesquisa, Lee Rainie, diretor do Projeto Pew (foto). “Eles pedem uma reinvenção da educação pública para ensinar essas habilidades e evitar os problemas de um estilo de vida hiperconectado”, concluiu.
Diríamos que não existe nada fora de nós mesmos que nos faça bem ou mal. Portanto, não será a Internet nem qualquer outra coisa que nos fará mais inteligentes ou mais estúpidos, mas sim a nossa atitude com relação a essas coisas. Evidentemente, quem passa o dia inteiro vidrado no computador demonstra pouca inteligência. A Internet é simplesmente um instrumento, que tanto pode fazer bem quanto fazer mal, dependendo unicamente de quem o utiliza. O mal e o bem estão sempre dentro de nós, jamais fora.

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